Em Felicidade Clandestina, uma menina que gosta muito de livros, acaba passando por, como ela mesma denomina enquanto narradora da história, uma "tortura chinesa", pois, ao saber que sua colega, filha de dono de livraria, tem determinado livro, cria coragem e o pede emprestado, o que permite a outra perceber que exerce certo poder sobre ela - resultado: é dado início a um ciclo de maldade. A história não termina por aí. Com um desfecho positivo, o qual não irei revelar aqui, a menina que nos narra a história acaba por dizer-nos o quanto a felicidade lhe é momentânea, ou conforme o título: clandestina, e por isso faz questão de prolongar o quanto e como lhe é possível esses seus momentos de satisfação. Para finalizarmos o bate-papo que ocorreu depois da história, ouvimos a música Felicidade, de Tom Jobim, e relacionamos a felicidade da menina com a descrita pelo compositor: "a felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor: brilha tranquila, depois de leve oscila e cai como uma lágrima de amor."
"Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente
crespos, meio arruinados. Tinha um busto enorme;
enquanto nós todas ainda éramos achatadas.
Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por
cima do busto, com balas. Mas possuía o que
qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter:
cima do busto, com balas. Mas possuía o que
qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter:
um pai dono de livraria."
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